quinta-feira

Relatório da OIT diz que:" dois em cada três jovens trabalhadores latino-americanos estão na informalidade"

Brasília - O que mais diferencia os jovens dos adultos na América Latina e no Caribe, segundo o relatório Juventude e Trabalho Decente na América Latina e no Caribe/2005, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), é o tipo de emprego a que eles têm acesso. Segundo a OIT, dois de cada três jovens que trabalham estão em atividades informais, “onde frequentemente a remuneração é menor que o salário mínimo e sem cobertura da previdência social”. Em termos de renda, um jovem ganha, em média, 56% do que o adulto recebe, “fato que confirma que os perfis de rendimentos crescem à medida que a idade avança”.

De acordo com o relatório, lançado hoje (4) no Chile, os jovens aceitam empregos precários esperando acessar melhores postos de trabalho no futuro. Ressalta a OIT: “Muitas vezes os negócios que os jovens iniciam são uma resposta defensiva à falta de emprego, pois muitos deles o fazem pela necessidade de gerar renda e não por terem detectado uma oportunidade empresarial. Em conseqüência, uma grande porcentagem deles fracassa depois de alguns meses no mercado”.

Para a OIT, os esforços para melhorar as condições de trabalho dos jovens requerem ações políticas por parte dos governos, desde as macroeconômicas até intervenções no mercado de trabalho. “Se o mercado de trabalho, em geral, produz empregos de baixa qualidade, é lógico que o mesmo aconteça com os jovens. As políticas orientadas a enfrentar esse problema não são apenas políticas para a juventude, mas para todo o mercado de trabalho”, sublinha o relatório.

O estudo, além de trazer dados sobre emprego e desemprego, revisa diversas iniciativas adotadas por países da região, e faz uma série de propostas para buscar melhorar o acesso dos jovens aos mercados de trabalho.

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